AOS ERMOS
Aos ermos, tempestade me levara
Sem sequer me mostrar qual paradeiro,
Jogado sempre a esmo, não achara
Mais rumo neste sonho derradeiro.
De ver em cada pedra, a jóia rara.
Ocaso que no acaso foi inteiro.
Apenas ledo instinto me guiara,
E o sonho, qual cigano, bandoleiro.
Aspergindo meus sonhos bar em bar,
Diluências destas luzes multicores
De um caleidoscópio, o meu amar,
Em gozos tão diversos, tais mosaicos
Por vezes sei que são mesmo prosaicos,
Mas saiba que são teus os meus amores..
MARCOS LOURES
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