NOS BRAÇOS DE QUEM AMO
Qual fora um louva-deus que, suicida
Abraça num delírio sua amada,
Sacrificando assim a própria vida
Sabendo que ao final, restará nada;
Mergulho nos teus braços. Despedida
Pelo desejo inútil demarcada
Assim foi, na verdade toda a lida
Em nome deste amor, sacrificada.
Servindo de repasto aos teus anseios,
Mergulhando o meu rosto nos teus seios
Aguardo pelo bote ensandecido.
De que me valeria a vida inteira
Não fosse ter em ti a companheira;
Destino, desta forma a ser cumprido..
MARCOS LOURES
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