PELAS QUEBRADAS
Sem jogo de cintura; vou tentando.
A vida vou driblando, devagar.
Não quero nem saber aonde ou quando,
Só sei que num momento irei parar.
Os mares mais distantes enfrentando,
Sem aprender sequer como nadar,
E quando estas tristezas vêm em bando,
Eu mando tudo pra qualquer lugar.
Vou empinando o peito e num disfarce,
Nem foi comigo, finjo muito bem;
Por mais que a fantasia já se esgarce,
Eu tenho uma memória de elefante,
Se a moça que responde quer também,
Resolvo esta parada noutro instante...
MARCOS LOURES
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