O amor preparando o meu Calvário,
Cavando com paixão, sem compaixão,
O tempo se tornou meu adversário,
O quase tantas vezes disse não.
Seria muito bom, novo fadário,
Mas quando te percebo, solidão,
Eu vejo quanto o gozo é temporário,
Ouvindo por resposta, o velho não.
E teimo, persistente, nesta insana
Procura pela noite soberana
Que um dia me trará bela alvorada.
Olhando pra mim mesmo, nada creio,
O quanto desejei, cruel anseio,
Transmuda-se de novo, resta o nada...
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