OUTRA NOVELA
Um ano que se encerra; outra novela;
Atores que se vão; o palco muda,
Minha alma permanece quieta e muda
Olhando fixamente para a tela;
A vida tecelã, às vezes bela,
Durante a maior parte, sem ajuda,
Sem ter uma esperança que me acuda,
O fim da velha história se revela.
Porém este espetáculo comove,
Difícil para mim dois mil e nove,
A morte me rondando, num repente.
Mas eis que encontro forças nos meus pés,
E encaro com paixão dois mil e dez,
Quem sabe seja tudo diferente...
MARCOS LOURES
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