AMOR ALHEIO
O fardo de viver pesa nas costas,
Cortando a minha carne, expondo os ossos,
Os dias que pensara serem nossos,
Desnudam falsas luzes, decompostas...
Avessa aos meus poemas; segue em frente,
Orgásticas ternuras; vis agruras
As nossas emoções, por vezes puras,
São tolas previsões da alma demente...
Atravessando os mares e as montanhas;
Percebo no horizonte um novo sol,
Hipnotizado então, qual girassol,
Imerso em teus delírios, tuas manhas,
Avento a calmaria que não veio,
Prossigo vastidões no amor alheio...
MARCOS LOURES
No comments:
Post a Comment