FOSSE UM RIO
Fluindo simplesmente como um rio
Que desce embora enfrente corredeiras.
Assim faz o poeta, em desafio
Bebendo das palavras costumeiras,
E quando com meus sonhos eu alio
Dos ermos, as antigas mensageiras,
O gozo que a mim mesmo propicio,
Usando estas imagens mais ligeiras.
Repito sempre a mesma ladainha,
Falando deste amor que me convinha
E vinha toda noite me acordar,
Alcançando os arcanjos, querubins,
Os meios justificam nobres fins,
Portanto nem precisa em vão vagar...
MARCOS LOURES
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